CONSERVANDO A PUREZA DA DOUTRINA PENTECOSTAL
Texto Áureo: I Tm. 4.16 – Leitura Bíblica: II Tm. 4.1-4; II Pe. 2.1-3
Pb. José Roberto A. Barbosa
Twitter: @subsdioEBD
Objetivo: alertar a
igreja para a necessidade de manter-se fiel à Palavra de Deus a fim de
conservar a sã doutrina no poder do Espírito Santo.
INTRODUÇÃO
A
Igreja do primeiro século enfrentou as ameaças de ensinamentos
enganadores que contrariavam a palavra de Deus. As heresias judaizantes e
gnosticistas demandaram dos apóstolos, especialmente de João, Paulo e
Pedro, uma resposta às seitas. Nos dias atuais, a igreja pentecostal
precisa está preparada para lidar com o engano, por isso, na aula de
aula, atentaremos para os falsos ensinamentos dos últimos dias, a
importância da valorização do estudo bíblico-teológico na igreja, e por
fim, o exemplo que os pioneiros pentecostais nos legaram no intuito de
conservar a pureza da doutrina pentecostal.
1. OS FALSOS ENSINOS DOS ÚLTIMOS DIAS
Ao
escrever ao jovem pastor Timóteo, Paulo o admoesta para o tempo em
muitos “não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos,
amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências e
desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (II Tm. 4.3,4).
Pedro, do mesmo modo, alerta a igreja em relação aos “falsos doutores,
que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor
que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição” (II Pe.
2.1). Naqueles tempos, os apóstolos lidaram com movimentos anticristãos,
dentre eles os judaizantes, que impunham encargos legalistas sobre a
igreja como critério para a salvação e os gnosticistas, que a partir de
influências filosóficas pagãs, argumentavam que o corpo era descartável,
por isso, poderia ser utilizando para pecar. Ao longo da sua história, a
igreja sempre precisou responder às ameaças de ensinamentos falsos,
heterodoxos, distanciados da Palavra de Deus. Nos tempo modernos não
poderia ser diferente, pois as portas do inferno continuam pelejando
contra a igreja de Cristo, ainda que essa tenha a promessa de que
prevalecerá. Os ataques são internos são provenientes dos arraiais
evangélicos, especialmente sob a influência dos movimentos
pseudopentecostais. Algumas heresias, tais como a teologia da
prosperidade (ou da ganância) e da confissão positiva (triunfalismo),
estão minando a fé de muitos cristãos, na medida em que esses ensinos
tiram o foco da igreja no que é incorruptível, e exacerba a busca
desenfreada, e não poucas vezes antiéticas, por bens materiais.
Externamente, a igreja tem sido ameaçada pelas influências dos
movimentos políticos que impõem uma pauta de interesses contrária aos
fundamentos bíblicos. Valores morais cristãos, exarados na Palavra de
Deus, estão sendo desconsiderados em favor de um humanismo hedonista,
que distanciados dos princípios do Criador, o que é errado está sendo
acatado como certo.
2. A PALAVRA DE DEUS: ANTÍDOTO CONTRA O ENGANO
Diante
de tais ameaças às doutrinas cristãs, a igreja precisa está
fundamentada na Bíblia, a Palavra de Deus. Não podemos deixar de
considerar que os falsos mestres se utilizam da sutileza satânica para
infiltrar suas heresias na igreja (II Ts. 2.15). Por isso, Jesus alertou
seus discípulos a fim de que esses tivessem cuidado com os falsos
profetas, que vem até nós vestidos como ovelhas, mas que interiormente
são lobos devoradores (Mt. 7.15). Paulo admoesta Timóteo para que não se
faça presa fácil dos falsos mestres do engano (I Tm. 4.1) e aos crentes
de Colosso para que não sejam enganados pelos falsos ensinadores (Cl.
2.4,8). Para tanto, a igreja deve conservar a pureza da doutrina através
do estudo sistemático da Palavra de Deus (Tt. 2.1), já que “o Espírito
expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios” (I Tm.
4.1). A igreja precisa se voltar para a exposição da Escritura inspirada
por Deus, proveitosa para todo homem de Deus seja capacitado para toda
boa obra (II Tm. 3.15-17). Por outro lado, precisa dar menos ênfase aos
movimentos “espetaculares” e priorizar no culto a ministração da Palavra
que dissipa o engano e as trevas (Sl. 119.105). Assim como os crentes
bereanos, precisamos verificar na Escritura se o que ouvimos nos
púlpitos da igreja passam pelo crivo da Palavra (At. 17.11). A liderança
exerce papel fundamental a esse respeito, evitando que os púlpitos da
igreja sejam ocupados por pessoas descompromissadas com o autêntico
evangelho de Jesus Cristo e que desconhecem os pressupostos doutrinários
da fé cristã. Existem pessoas fazendo fortuna nas igrejas, supostas
“celebridades” ou “artistas” que nada conhecem de Bíblia, mas que ocupam
as tribunas da igreja para dar seus “tristemunhos”, tão somente para
chamar a atenção de curiosos, cobrando sempre quantias vultosas. A
Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus, deva ter proeminência nos púlpitos,
principalmente os trabalhos de ensino, os cultos de instrução e as
Escolas Dominicais devam ter prioridade.
3. O EXEMPLO DOS PIONEIROS PENTECOSTAIS
Os
pioneiros da fé pentecostal eram obreiros comprometidos com a
conservação da sã doutrina na igreja. Daniel Berg, Gunnar e Frida
Vingren, desde o princípio, tiveram a preocupação de instruir a igreja.
Para esse fim, recorreram aos periódicos, à realização de Escolas
Bíblicas e à Escola Bíblica Dominical, a fim de firmar os crentes
assembleianos na fé pentecostal. Nils Kastberg foi um dos primeiros
escritores pentecostais a pôr sua vocação a serviços da Assembléia de
Deus. Orlando Boyer, incansável missionário americano, percorreu o
sertão nordestino, levando a Palavra de Deus aos irmãos. Emilio Conde,
um homem de notável saber filosófico-literário, compôs belos hinos e
instruiu humildemente a igreja na formação bíblico-histórica do
pentecostalismo. O Pr. Alcebíades Vasconcelos pastoreou várias igrejas,
especialmente no nordeste, nas quais expunha sistematicamente as
doutrinas bíblicas. O missionário americano Lawrence Olson, fundador da
igreja em Minas Gerais, graduado em Teologia, era um exímio mestre nas
Sagradas Escrituras. O Pr. João de Oliveira, professor nas Escolas
Bíblicas do IBAD – Instituto Bíblico das Assembléias de Deus em
Pindamonhangava. O Pr. Estevão Ângelo de Souza, renomado doutrinador da
fé pentecostal, que ministrou estudos da Palavra de Deus, ressaltando,
com maestria, o pentecostalismo bíblico. Não há espaço suficiente para
listar o nome de todos os incansáveis obreiros e obreiras que atuaram e
tem atuado com esmero no ministério do ensino, mas não podemos deixar de
citar o Pr. Antonio Gilberto da Silva, um dos expoentes da educação
pentecostal brasileira, idealizador do CAPED – Curso de Aperfeiçoamento
de Professores das Escolas Dominical. Todos esses, a maioria já na
glória celestial, servem de exemplo para que os obreiros da atualidade
continuem militando pela fé que uma vez foi entregue aos santos (Jd. 3).
CONCLUSÃO
Como
no princípio, a centenária Assembléia de Deus precisa responder aos
falsos ensinamentos que tentam se instaurar dentro da igreja do Senhor.
Para tanto, faz-se necessário que valorizemos o estudo constante da
Bíblia Sagrada, a Palavra de Deus. Jesus foi um Mestre, um Ensinador
comprometido com a Verdade, Ele é a própria Verdade (Jo. 14.6). Do mesmo
modo, precisamos valorizar a instrução na igreja, seja nos cultos de
doutrina, na Escola Dominical, nos estudos bíblicos e nos institutos
teológicos, com a função primordial de conservar a pureza da doutrina
pentecostal.
BIBLIOGRAFIA
SILVA, A. G. Manual da Escola Dominical. Rio de Janeiro: CPAD, 1996.
ZIBORDI, C. S. Evangelhos que Paulo jamais pregaria. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
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