Um
dos grandes desafios e necessidades da liderança cristã é resguardar os
filhos dos problemas que os seus pais enfrentam no cotidiano da
igreja. Seja qual for o nível de sua liderança, seus filhos devem ser poupados do estresse que é comum na vida de quem lidera.
Já
ouvi diversas vezes sobre filhos de obreiros que se revoltaram contra o
ministério (pastores presidentes e auxiliares). Geralmente a revolta
está associada ao conhecimento de um fato acontecido entre a liderança,
na vida de algum líder ou envolvendo os próprios pais.
Na
condição de pais, os líderes devem adotar algumas posturas e evitar
outras, para não tornar a situação mais estressante e revoltante para os
filhos.
Quando
os nossos filhos compartilharem conosco alguma situação delicada
envolvendo a liderança da igreja, é prudente, caso estejamos devidamente
inteirados dos fatos, que expliquemos a situação até onde for
conveniente. Uma conversar franca sobre as questões pode acontecer, caso seja necessário, mas sempre com um tom brando e equilibrado. Quando
os pais alimentam e inflamam mais ainda os sentimentos dos filhos
através de críticas destrutivas contra os demais líderes, e da
manifestação de ódio, ira e coisas semelhantes, o pior poderá acontecer.
Um
dos casos mais delicados é quando os filhos percebem que os seus pais
foram vítimas de alguma injustiça por parte daquele(s) que exerce(m)
autoridade sobre eles. Novamente se faz necessário muito tato. Jogar os
filhos contra a liderança pode ser fatal para a vida espiritual deles.
As sequelas produzidas por tal conduta pode gerar uma revolta permanente
nos filhos, o desejo de mudar de igreja ou o esfriamento na fé.
O
ideal será sempre abrandar a ira, a mágoa e o ódio dos garotos, nunca
alimentando estes sentimentos ruins. Devemos ensiná-los a confiar na
justiça de Deus, a orar pelos que nos perseguem, a amar todos
incondicionalmente.
É
preciso prudência por parte dos pais, e que não sejam eles os
promotores de fofocas envolvendo a liderança da igreja, trazendo os
mexericos para dentro da própria casa. Não é recomendável conversar
sobre os problemas da liderança na presença dos filhos.
Quem disse que na liderança cristã não teríamos problemas e sofrimentos? Penso que é inteligente e saudável poupar, e não envolver os filhos naquilo em que eles não precisam ser envolvidos.
Poupemos nossos filhos dos problemas da liderança cristã.
FONTE: Blog do Pr. Altair Germano